O menino sírio
a vida
nos olhos
é não existir
com a guerra
e a minha alma
sedenta por amor
não encontra abrigo
não tenho mais pranto
não tenho mais família
e minha casa é escombro
não durmo e nem sei viver
entre bombardeios, dia e noite
a minha geração é toda refreada
aqui na Síria, é o inferno em fogo
o sangue percorre nas mil explosões
e as pessoas do meu universo assistem
porém ninguém faz nada pelo nosso dia
nem mesmo a boa esperança não batalha
eu sou o resto de carne sem nenhuma valia
e os meus dias estão calculados sem lágrimas
veja os meus olhos! E faça-me algum episódio
eu quero viver! E ter a minha vida segura aqui
a guerra me separa de tudo, e da minha alma
escrita nesta última lágrima que desmorona
você não imagina o quanto eu sofro aqui
sem meus pais, abandonado na guerra
sem a luz do sol, eu não posso viver
a guerra é a maldição, é praga
é dor, é agonia e aflição
eu sinto e nada posso
é a guerra
a vida
nos olhos
é não existir
com a guerra
e a minha alma
sedenta por amor
não encontra abrigo
não tenho mais pranto
não tenho mais família
e minha casa é escombro
não durmo e nem sei viver
entre bombardeios, dia e noite
a minha geração é toda refreada
aqui na Síria, é o inferno em fogo
o sangue percorre nas mil explosões
e as pessoas do meu universo assistem
porém ninguém faz nada pelo nosso dia
nem mesmo a boa esperança não batalha
eu sou o resto de carne sem nenhuma valia
e os meus dias estão calculados sem lágrimas
veja os meus olhos! E faça-me algum episódio
eu quero viver! E ter a minha vida segura aqui
a guerra me separa de tudo, e da minha alma
escrita nesta última lágrima que desmorona
você não imagina o quanto eu sofro aqui
sem meus pais, abandonado na guerra
sem a luz do sol, eu não posso viver
a guerra é a maldição, é praga
é dor, é agonia e aflição
eu sinto e nada posso
é a guerra