SAUDADE EM DOCE EMOCÃO.
(Socrates Di Lima)
Sentado em uma espreguiçadeira,
Olhando a chuva lá fora,
Poderia ate sentir uma leseira,
Mas, sinto uma nostalgia que aflora.
Nada triste,
Apenas lembranças comuns,
Mas, uma insiste,
Em me tomar a saudade em desjejum.
Não se trata de mulher,
Nem de pai ou de mãe,
Pois, estes, tem seu temo que vier.
Mas esta, algo incomum se impõe.
Uma saudade recente,
De um eventual entre querido,
De convivência pouca mas, intensamente,
Marcou em mim um sentido.
Um ser imponente,
Forte e bem cuidado,
Vicioso e inteligente,
Um pouco tempo, amado.
Nem eu mesmo esperava,
A dimensão desse compadecer,
Quando aqueles olhar pidão me olhava,
Num jeito terno de bem querer.
E ja se passaram alguns dias,
Mas, minha garganta em no se faz,
Quando olho em melancolias,
Que sua imagem em cada canto, jaz.
Meu querido amigo, nao me engano,
Sei que para algum lugar ele partiu,
Melhor do que qualquer outro humano,
Jamais minha alma feriu.
Lembro-me do meu amigo, camaradão,
Um bichinho lindo de estimação,
Aqui no peito a dor causa emoção,
Ah! meu querido THOR,
Mesmo que não sinta a física dor,
Sinto em meu peito esta saudade do meu cão.