Sol de Luanda

No princípio do dia vejo-te alegre

Ardente e vivo como uma criança,

Ao entardecer vejo-te descer em

Minha companhia para casa.


És o sol que surge de manhã

Quando escorrego pela marginal,

És a bola vermelha que os meus olhos

Acompanham no trajeto da estrada,

Até quando perdes-te de mim.


É cacimbo mas não deixas de nascer,

Passas o dia ausente, mas dás-nos o

O seu show, quando vais se esconder,

Dando-me a certeza que voltas amanhã.


O seu brilho, é característico da baia de Luanda

Que juntos compõem um lindo cartão postal,

De dia orientas os navios, e quando se despedes

Lentamente vai deitando-se no museu,

E como um sábio mágico, prendes-me aqui.