O Amor
Se fôssemos entrevistar cada uma de todas as pessoas que habitam este planeta, para saber o que elas pensam a respeito do amor e, mais especificamente, saber o que representa para elas o amor, por certo encontraríamos tantas respostas quantas fossem as pessoas entrevistadas.
Provavelmente, na maioria encontraríamos um amor complexo, sublime, perfeito, supremo, inatingível, inalcançável...
Tudo isso na vã tentativa de fazer do amor algo tão distante, tão irreal, que seria perfeitamente admissível que a natureza humana, tão falha, não pudesse alcançá-lo.
Mas o amor é uma coisa simples, é muito simples, é tão simples que não precisa ser definido, e sim, sentido e vivido.
Não estamos aqui a falar do amor entre o homem e a mulher, nem do amor maternal, nem do amor religioso. Falamos do amor do elemento humano por ele mesmo e, conseqüentemente, por outro elemento humano.
Aquele amor que “pede” o envolvimento do indivíduo com seu semelhante. Aquele amor que “faz ver” o outro, que “faz respeitar” o outro, que “faz a cumplicidade” com o outro.
Mas é justamente desse amor que todos fugimos...
Do amor que liberta e ao mesmo tempo une, que cria laços, mas não cria amarras...
Mas parece que o medo que se tem de amar é o medo dessa liberdade.
Talvez o Homem não saiba gozar do prazer de ser livre, apenas, sonhar com ele.
Nossa! Como eu desejo que a humanidade se ame mais. Mas se ame tanto que faça do amor uma coisa tão natural, que não careça nunca mais de definição.
Quem sabe assim, a evolução possa se processar em marcha progressiva, segura e tranquila para o nosso planeta?