Babylon
Na selva de concreto
eu ando todo dia e passo aperto
com o bolso vazio enquanto o passo aperto
o calafrio que corre espinha ao céu descoberto
a noite é solidão e silêncio como um deserto
no meu peito a batida alfaia frenética fora de forma
enquanto na esquina a batida em quem tem menos parece [certo
do concreto eu não me liberto
sigo o som da voz enquanto vejo a luz
o caminho pedra mas na topada desperto
a prisão do dia a dia não faz a vida jus
quando sobra tempo abro a boca e respiro
da surpresa de sentir o ar desconcerto
sonhei um passeio no mundo livre
ao meu coração-prisão paro e sugiro:
queira a delícia de poder sentir as coisas mais simples.