O Camelo

Lá vai ele sob o Sol

escaldante do deserto

Caminha léguas a fio

sem viva alma por perto

Lenta e pacientemente

Imprime seus passos na areia

O tempo e o silêncio permeiam

o espaço que o rodeia

O camelo resiste

e conduz o nômade errante

Por essas terras distantes

em que a sede é uma constante

Até que a temperatura caia

no final do longo dia

A Lua e o manto de estrelas

Lhe fazem companhia

O ser pacífico e manso

não lamenta sua sorte

Confia no Criador,

que lhe dá descanso e norte.