SERENIDADE
(Socrates Di Lima)
Volvo a face ao Sol poente,
Serenamente a brisa acaricia minha tez,
Debruco no para-peito da janela quente,
E olho ao longe, outra vez.
Deixo-me envolver,
nos pensamentos da saudade,
Quase sem perceber,
sobrevoo sobre a cidade.
trago asas nos pensamentos,
Possibilidades nas vontades,
Circundo meus sentimentos,
Busco envolver-me nas saudades.
Não por falta de opcão,
Ou por estar sozinho,
mas, por vontade e apitidão,
Recolho-me ao saudoso ninho.
Fi-lo porque qui-lo,
Ja dizia o velho saudoso politico,
E quem não faz isso ou aquilo,
Tem medo do seu Eu paralitico.
Volvo a face ao arrebol,
Trago de volta meus pensamentos,
Recolho-me das distancias do caminho do Sol,
e deito em mim, so, os meus sentimentos.
Eh isso que faco,
Nas horas de devaneios em que divago,
Um caminho de ida e volta eu traco,
Porque a saudade eh o meu mais lucido trago.
Banho-me então na minha serenidade,
Onde o meu coracão se acalma no peito,
E por qualquer nuance de saudade,
Fico assim, do tipo, desse jeito!