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SERENIDADE
(Socrates Di Lima)

Volvo a face ao Sol poente,
Serenamente a brisa acaricia minha tez,
Debruco no para-peito da janela quente,
E olho ao longe, outra vez.

Deixo-me envolver,
nos pensamentos da saudade,
Quase sem perceber,
sobrevoo sobre a cidade.

trago asas nos pensamentos,
Possibilidades nas vontades,
Circundo meus sentimentos,
Busco envolver-me nas saudades.

Não por falta de opcão,
Ou por estar sozinho,
mas, por vontade e apitidão,
Recolho-me ao saudoso ninho.

Fi-lo porque qui-lo,
Ja dizia o velho saudoso politico,
E quem não faz isso ou aquilo,
Tem medo do seu Eu paralitico.

Volvo a face ao arrebol,
Trago de volta meus pensamentos,
Recolho-me das distancias do caminho do Sol,
e deito em mim, so, os meus sentimentos.

Eh isso que faco,
Nas horas de devaneios em que divago,
Um caminho de ida e volta eu traco,
Porque a saudade eh o meu mais lucido trago.

Banho-me então na minha serenidade,
Onde o meu coracão se acalma no peito,
E por qualquer nuance de saudade,
Fico assim, do tipo, desse jeito!






 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 19/09/2016
Reeditado em 20/09/2016
Código do texto: T5765891
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