GALPÃO DOS TEMPOS

Então fica difícil juntar minutos.

Vão escapulindo por entre os dedos

e se estocam no galpão dos tempos.

Lá, crescem em horas e, de modo

irreversível, adolescem como dias.

Amadurecem como meses

e envelhecem como anos e séculos.

Essa metamorfose acontece

em motos contínuos.

De minuto a milênio...

Que viagem maluca...e sem sentido!

Não há eternidade que resista

a tanta aberração.

E nem raciocínio capaz de

resolver, assim, essa equação.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 10/09/2016
Código do texto: T5756957
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