GALPÃO DOS TEMPOS
Então fica difícil juntar minutos.
Vão escapulindo por entre os dedos
e se estocam no galpão dos tempos.
Lá, crescem em horas e, de modo
irreversível, adolescem como dias.
Amadurecem como meses
e envelhecem como anos e séculos.
Essa metamorfose acontece
em motos contínuos.
De minuto a milênio...
Que viagem maluca...e sem sentido!
Não há eternidade que resista
a tanta aberração.
E nem raciocínio capaz de
resolver, assim, essa equação.