Palafita, ponte e construção
Um dia/
Estávamos ali/
No meio da rua/
Inventando qualquer coisa/
Pra passar o tempo/
Não importava o que acontecia do outro lado do muro/
Se havia ordem/
Se havia desordem/
Não sabíamos da vida/
Além das nuvens que formavam no horizonte/
Além das estrelas que brincavam na noite/
Cantávamos com os pássaros/
Sorriamos com as flores/
A felicidade acordava e dormia/
Quando, enfim o asfalto tomou o calçamento do chão/
Quando, enfim os prédios assombravam as nossas casas/
E a inquietude das horas já nos incomodava/
A porta das casas/
Tivemos que ir de encontro ao mundo/
Cuja vida não é um conto de fadas/
Despirmo-nos da inocência/
E tomamos conhecimento da vida como ela é/
Sob nova consciência começamos a caminhar/
Muitos de nós se perderam nos caminhos/
Mas alguém chegou lá/
E quando perguntado onde estava/
No tempo do tempo das aflições/
Com o amor como resposta/
Não hesitou em deixar vivo o verbo do seu povo/