SOZINHO NA CHUVA
Tristes meus olhos ficaram
Ao ler o seu recado deixado
Sobre a mesa e a vela acesa
Os sonhos sozinhos finaram
Nas entrelinhas escrita na carta
Disseram ser eu um pacato
A carta foi rasgada na mesa
Quando li que de mim está farta
Ó coração amolecido!
Inda guardas na parede o retrato
Da danada q' tirou-lhe da vida a clareza
Daquela que um dia te chamou de querido!
Pobre de mim, pacato poeta!
Vivo na penumbra do amor ingrato
Vislumbro o cair da chuva, única beleza
Remendando os cacos d'uma mente inquieta...
(Simone Medeiros)
Disseram ser eu um pacato
A carta foi rasgada na mesa
Quando li que de mim está farta
Ó coração amolecido!
Inda guardas na parede o retrato
Da danada q' tirou-lhe da vida a clareza
Daquela que um dia te chamou de querido!
Pobre de mim, pacato poeta!
Vivo na penumbra do amor ingrato
Vislumbro o cair da chuva, única beleza
Remendando os cacos d'uma mente inquieta...
(Simone Medeiros)