seus escombros
brilhante negro
Que a vida brilhe
No fundo do rio e fora do véu.
Nas estradas e no centro da cidade.
... Nos bares decaídos
E nos recantos destruídos...
E que o céu se ponha andar
nos pés do barro
e na alegria de marfim.
E a chuva que fura
O mar enquanto vive,
Se forme de lanças
coloridas, dissolvendo
Dramas e tramas
que machuca a carne.
É a vida se abrindo,
as pedras me ouvindo,
A canto da manhã me cobrindo,
E que o amor:
Cansado e abandonado.
Seja arrastado, de novo,
Para um baile encantado...
Que faça rir a menina triste.
O desempregado,
O bêbado vencido,
A dona de casa perdida.
o homem sem valor.
as ruas esburacadas,
os dias de tédio.
Que as máscaras se perdoem.
E que os homens amem,
mais do que o amor,
os seus escombros.