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a noite chega

e sua água nos

desce pela boca do corpo,

respiramos sua

neve fria, seu claustro

de diamante, seu

traçado feito pela

mão incoerente,

o barco

é uma luz no assoalho

do silêncio, ventosa

cêntrica, vendaval

na pele do barulho,

voam imagens sobre nossa

cabeça, tudo que sobe

desse quando se perde

o embalo, porque somos

pêndulos, e são mínimas

as paradas, emborcamos

o tempo sobre a mesa

de encontro, não se

escuta nada que não

seja desse presente,

falemos das coisas simples

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 30/08/2016
Código do texto: T5744807
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