sou poeta

sou teu animal

e a tua

infâmia,

mesmo assim desço ao teu santuário,

piso no limo das pedras

sinto o verde sombrio das água

e banho de sonho a tua

fimbria,

e no vale mais proibido

masturbo

tuas entranhas com língua,

pois sou poeta,

faço castelos de palavras

faço bombas com símbolos

destruo mundos de miragem

desce e subo o rio da vida

meu cinzel é a linguagem

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 26/08/2016
Código do texto: T5740940
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