NEM SEMPRE...ÀS VEZES....
Nem sempre consigo descobrir-me
nos confins de mim mesmo.
Procuro-me em todos os cantos
que abrigam meus passos a esmo.
Nem sempre consigo ver-me
nas imagens que fazem de mim.
Cego meus pensamentos de loucura
para que a lucidez translúcida possa vir.
Nem sempre consigo dizer-me
no branco do papel, a palavra certa
que far-se-á entendida a lida
tal qual a vida que desperta.
Nem sempre.... Às vezes,
chego próximo de encontrar
um ponto de pausa e equilíbrio
onde eu possa meu achar.
Ainda que não ache graça,
acharei graça, se me alcançar:
as respostas vagas e inexatas
para as perguntas mal formuladas.
Autor: Julimar Antônio Vianna
21/07/2007