ALMAS VIRGENS
Do infinito vêm-se curvas inexistentes
Que ao sobreporem os orgãos vazios
Não os enchem,
Não os consomem,
Não os devoram,
E não se deixam aos prazeres do eterno
E aos anjos mortos,
Vivos de paz,
São deixadas apenas formas de prazeres gasosas
Almas virgens,almas mortas
Que no fundo de seus corpos
Se corroem e se consomem
Para viver no âmago,do modo impossível
Com a morte viva
Como almas virgens.