Armadura
Eu sei que só não queremos nos machucar
Porque as últimas feridas nunca trataram de sarar
Porque nossa mente está cansada de apenas imaginar
De ousar acreditar, de sucumbir outra vez
Nossos corações quentes não são de ferro
Mas vestem armaduras geladas, reforçadas
Têm mais medo do amor do que da guerra
A beleza efêmera já não é suficiente
Nem a doçura do momento que não tardará a acabar
Nossas rotinas sem vida são confortáveis e seguras...
Parece que temos sempre muito mais a perder
Ficamos a salvo dos perigos que nem ousamos mencionar
Ficamos vivos, mas sem coragem para viver
Porque todas as vezes que tentamos, quase morremos
E agora parece extremamente sensato não querer mais sofrer