A L F A B E T O
Arco as asas onde anseio
Busco a brasa e bronzeio
Chega a chuva e não chateio
Donde driblo o devaneio
Efêmero espaço em que elevo
Fico frases à fazer
Gostoso gargalhar e gritar
Horas e horas
impacientemente intrépido
jogando jarras a juncar
lavando o ladrilho a limpar
Minhas mãos minhas mazelas
Nas noites nubladas e nambadesca
Onde o ao ocular e o oscular
Pretende permear o proibido
Quiçá quimera que quando
Roubar eu ramos e rosas
Só se sossegar saciado
Tendo tudo trazido
Uma a uma usando
Vasos versos e voltando a
Xerém o Xexéu
Zanga e em entender de mim zomba
Talmeida 20 / 07 / 2007