A febre
De onde se pode enxergar/
Lá está/
Um jovem nascido decrépito/
Deformando-se dia a dia na onda vulgar/
Não há alegria em seu olhar/
Esmaecido, não brinca/
E de tão sério /
É vazio demais pra algo valorizar/
Mal tem leitura/
Mal há ternura/
Sabe bem identificar/
A moda da nova ordem/
Liberdade de tudo fazer/
Cultura medíocre/
Luxuria e prazer/
Entorpecentes norteiam a mente/
Sem querer entender/
Quando lúcidos/
Diz-se de renascer/
Mas é feitos zumbis, que caminham entre as gentes/
E é como idiotas cegos/
Que morrem sem conhecer/
A essência do viver/