Sem parar de viver
Quem sabe dessa vez eu não precise escrever
Nem me preocupar em tentar prever
Mesmo que seja difícil isso de só deixar acontecer
Não, não vou escrever nem sobre finais nem começos
Nem sobre memórias para colecionar
Nem sobre tempo a desperdiçar
Dessa vez, bastará viver
O que quer que seja, não pretendo mesmo saber
Só vou me preocupar com tropeçar quando vir as pedras no caminho
Não, não será uma brecha no tempo
Nem hiato, nem momento
Será vida, enquanto vivo, sem parar de viver