MADRUGADA INCOLOR

Pintei minha madrugada de branco

Buscando a paz tão escassa,

Mas chovia e a noite era trapaça

E até desventura para quem dormia nas praças...

Só se percebiam os ventos e as luzes dos pirilampos.

Já adentrava a madrugada e eu no balanço da rede,

Num balançar intenso e chovia em meus sonhos

E meus olhos marejavam sem se descobrir o porquê...

Talvez na pintura houvesse um bem-querer,

Um querer que surgiu judiando todo meu ser

E então me guardei confuso e tristonho.

Na noite que se faz vazia já não sei o que fazer...

Melhor buscar a inspiração das estrelas, sem ruídos...

Ou nos mistérios do luar para estes meus sonhos sofridos

A fim de que meu coração sinta prazer.

Na vida que se faz viver mergulho na melancolia

E me dou conta de que o tempo tem cartas marcadas...

Que se descubra a incógnita para o tudo e se desvende o nada

Ou se permita que o abstrato seja apenas sintomas de nostalgia.

E nesta angústia profunda sem saber o que fazer

Elevo minha mente às estâncias do metafísico,

Neste encontro poético feliz me realizo,

Pois um novo dia começa a amanhecer!

DUETO de Socorro Caldas / Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 20/07/2016
Código do texto: T5703794
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