DESINTERESSADAMENTE
Desinteressadamente
(Leandro Alves Pestana)
Um abraço que não se pede
Que por ele eu me interesse
Um presente que não se mede
Que eu doe a quem mais carece
E que eu tenha flores e muitas cores
Para colorir o dia de quem não está nada bem
Que eu não seja apenas o que me convém
Que a minha satisfação seja inteira no irmão
Que eu me interesse pelo desinteresse
Que tanto carece de fiéis adeptos
Que não causa estresse
Apenas age natural e se mostra tão gentil
Na continuação em ser feliz coletivamente
E que assim, eu seja mais forte para o que certamente
Tentará me impedir, que eu tolere e
Não me deixe vencer pelo “não” que eu receber
Que a persistência seja sempre pautada no amor
Aquele de sempre, que tudo crê, que tudo espera
E que mesmo soando tão familiar
Continua tão difícil de praticar
É ou não é?