A IRMANDADE DO ACASO
A IRMANDADE DO ACASO
No interior dos arredores
vingavam as dores do suicido
o fraco mediocre iluminando
escuras visões conhecidas
falando coisas roubadas dos poetas
o princípio que
mendiga por letras ensinadas
do espírito
grita um saber sem ter coragem
de existir sob o sol
quem somos depois
de voltar dos sonhos
o que são afinal aqueles
a quem a música preenche vazios
"o falsário habita as ruas"
habita mitos fantasmas
p'ra ser uma coisa
p'ra não ser supérfluo
pelo vicio que regula o sangue
pra matar a estupidez do medo
logo cedo devora tudo
sentimento saciado
os suores perfuraram
as paredes do quarto
ele ainda tem munição
podia ter se matado
as lunetas apontadas
para o quarto do homem
que veste roupas estranhas
tem coisas brilhando
nos seus olhos furtivos
o que ele escreve
pode ser o pequeno gozo
da memória sólida
"o broto na terra infértil"
o que sobe a colina e nunca volta
perto das mazelas guardando
qualquer coisa de sagrado
não pertence a ninguém próximo!
MÚSICA DE LEITURA: THE DOORS - Wild Child