até quando
O que seria
Um jornal, senão
Um discurso sob
Medida
Distribuído
Em várias
Pistas
Para que os
Pilares que
Mantém os andares
Bem urdidos
Bem amarrados
Como que colados
Não sejam
Ruídos
Para
Que alguns poucos
Continuem comendo
As putas mais caras
das bocetas mais vivas ( e molhadas)
Nos jardins
Ainda secreto
sem adão e sem
e eva,
sem o espinhaço
das trevas
Onde o mal
Tão pregado
Quiça disseminado
as seis horas da
tarde,
as seis horas da tarde
as seis horas da tarde
á tarde, as seis horas
Não lhe cheire o cangote;
De modo que o outro
Esse outro,
Um número
Um sombra, um poste!
(talvez a mãe lhe saiba)
não pense
não sinta,
caso sinta,
estado de choque
Dessa base mal acabada
Forjado á martelo e gás
Calcigenado por
Dentro, durante
anos,
desde o tempo
da escola
no maquinário
da tripas e no kernel do cérebro;
um pulsar que só esfola
Que sempre
Nele respira;
quanta merda
se prende
nas costelas
de suas ventas
na sua língua de vida;
E em mais nada
Acredite!
Senão esse vale
dia-a-dia assombrado
por toda sorte de capataz
olor,
pavor
bolor,
horror
que
que
mais o que, o que?
tédio embrutecido
dentro
desse dia,
o mesmo dia em que
sobre a relva
se derrama
como um sexo delirante
nos muros, nas janelas,
que explode como
bomba atômica
no meio da praça
bela
clara clara,
o sol que disso não sabe
de nada.
como uma pedra rara
mas isso em seu
coração não bate
seria alarde
trombada na identidade;
vida bruta
ferida
cisterna
Em carne fétida
na carne
na carne
na carne
na inteligência
da carne,
que nem desconfia
nem da metade
nem da metade
passa pela sua face
que pensa-se vivo,
outro truque
dos mais baratos
e isso, gente, não é a vida de verdade