ente fora do tempo

Descer ao rio

E não perguntar.

Qualquer resposta

Seria

Satisfazer ao pensamento.

E esse, não

Compreende o

A luz em seus

Goles modais,

A solidão

Na luz é

Outra, e não essa

Temida pelas geleiras!

Ir fundo,

No despenhadeiro

Do abismo não simbolizado

Pelas costuras dos ancestrais.

Ser o fogo na fricção do espirito que toca a matéria,

E mesmo assim, respirar e beber

O néctar ígneo que aperta a carne.

Dar goladas do desconhecido, enquanto

O medo criptado é degolado pela explosão da consciência.

E nesse instante , em que o tempo o vomita como ente no agora,

Tu sente que a vida é, que tu é, e que tudo valeu a pena