Esplendor
Divaguei por caminhos de flores
e descobri que eram apenas um sonho
percorri uma estrada longínqua
feita de risos falsos.
Por muitas vidas chorei
esperando o riso da manhã
fingi estar bem com a espada trespassada
quando por dentro a alma latejava.
Num tormento e pavoroso pesar
sem luz sucumbi numa selva de espinhos
um buraco feito em meu peito vazio.
Nessa lida em que meus pés seguem
vejo o belo esplendor e sigo
olho para a imensidão e me calo.