Esplendor

Divaguei por caminhos de flores

e descobri que eram apenas um sonho

percorri uma estrada longínqua

feita de risos falsos.

Por muitas vidas chorei

esperando o riso da manhã

fingi estar bem com a espada trespassada

quando por dentro a alma latejava.

Num tormento e pavoroso pesar

sem luz sucumbi numa selva de espinhos

um buraco feito em meu peito vazio.

Nessa lida em que meus pés seguem

vejo o belo esplendor e sigo

olho para a imensidão e me calo.

Helena Dalillah
Enviado por Helena Dalillah em 06/07/2016
Reeditado em 21/11/2019
Código do texto: T5688867
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.