Canção de Outono

Dos passos ao compasso triste

piruetas soltas sem ar

voejando nas asas da música

incertos poros sem equilíbrios

o chão vai sumindo sem pausas

nas folhas de outono

pula os galhos das notas

não deixa rastros nas pautas

nem ao fim dos traços

voa a alma mudando escalas

nos véus azuis do céu

enquanto nas sombra os sons vão fugindo

a poesia vai marcando o tempo

e a noite vai morrendo.

16/07/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 16/07/2007
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