POESIA CONTEMPORÂNEA

Em forma humana

Se parecendo com gente

Desceu a deusa do céu

Suave como serpente

Com um olhar penetrante,

Sorriso enfeitiçante,

Olhando fiquei doente.

Doente de uma doença

Que nunca quer se acabar,

Não há remédio no mundo

Que a faça de mim passar.

Se a deusa fitar em mim

Eu fico petrificado,

E se ela for, ai de mim,

Pareço enfeitiçado,

Pois fico mudo, gelado,

Pareço mumificado.

E se ela volta acordo

Dessa mumificação,

Mas fico extasiado

Da grande admiração,

Pois ela enfeitiçou

Meu humilde coração.

Os outros riem de mim,

As meninas zombeteiam.

Dizem que estou domado

Por uma grande cadeia

E que não posso sair

Dessa prisão que em lanceia.

O amor é muito forte, Grande a admiração.

O domínio divinal

Desse ser que num instante

Se transforma em formusura

E em corporação pura

De uma bela criatura.

Ó deusa, o que fiz eu

Para me importunares?

Há tanta gente no mundo

Alguém a quem procurares

E teu olhar divinal

Como água em mim derramares.

Inundou-me o coração,

Acabou-me a razão,

Deixou-me abestalhado

Sem sintonia, sem chão,

Pra sempre fiquei por ti

Eterno embriagado.

Os deuses se encolerizam

Com teu poder dominante

De vires em um mortal

Algo de interessante

E teu favor só dedicas

A mim por algum instante.

Beijo pra deusa do meu céu.

Carlos Jaime

CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 24/06/2016
Reeditado em 29/09/2016
Código do texto: T5676894
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.