A VELA

A noite reavivava aquele clarão

que aos poucos dissipava o medo.

Sua folha de ouro mantém-se impassível

enquanto desgasta a coluneta de alabastro.

As míseras borboletas mendigam a sua companhia,

mas queimadas ou esgotadas entregam-se a escuridão.

Entretanto a vela, com a oscilação das claridades sobre o livro

e o desprender das fumaças originais alegra o leitor,

depois se inclina sobre seu prato e se afoga em seu alimento,

concluindo assim, o objetivo de sua jornada.

JÔSE BARBOSA
Enviado por JÔSE BARBOSA em 18/06/2016
Reeditado em 18/06/2016
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