MERCY
MERCY
Chá em cima da mesa
devo buscar minha dor mais bela
ela não deveria sair na chuva
o que quer a rua ter o sabor dela
se tranquei toda minha forma
de corpo e alma
num quarto a noite inteira
pra escrever meu desespero
ela vem dos céus sem nada dizer
roubar-me sua pele
entregar seu perfume aos boeiros
levar-te ao cantos corriqueiros
nas migalhas da sobra
nas sombras da noite
nos insetos do lixo
num deserto cômodo de mendigos
trocando a fome por sono
eu te levei lírios tão vivos
e um pedido de encontro
que da "pena" estúpida
parecia até uníssono e limpido
na verdade lendo com calma
minha alma não desiste de dizer
a verdade que sinto
ela incomoda meus ouvidos
já pensei em pular do alto
tenho medo de ouvir o abismo
ele conhece-me desde cedo
ele traga meu espírito
quando ela surge na minha frente
sou tão pequeno furtado pra dentro
esquecido das coisa que digo
das coisas que penso sonhando
dos sonhos que tenho amando
sou tão pobre
que o nobre de um sorriso velho
aquele sorriso de ontem
torna-se palhaço
ganhando dinheiro pra fazer graça
a graça dos otários
e estas águas comuns de onde vem
querem tornar minha carência
a indecência de gritar aos ventos
movem-se por folhas
revoam alto nas coisas
vão dizer aos buracos que entram
tenho ciúme de tudo que toca
que se mistura com ela...
MERCY
Tea on the table
I get my most beautiful pain
she should not go out in the rain
whatever the street have the taste of it
if I locked all my way
body and soul
in a room all night
to write my despair
it comes from heaven saying nothing
rob me your skin
deliver their scent to boeiros
take you to the everyday corners
the leftover crumbs
in the night shadows
in garbage insects
a deserted room of beggars
changing the hunger for sleep
I took you lilies so alive
and an order against
that the "penalty" stupid
It seemed to unison and limpid
actually reading calmly
my soul does not stop saying
the fact that I
it bothers my ears
I've thought about jumping high
I'm afraid to hear the abyss
he knows me early
it brings my spirit
when she comes in front of me
I am so small stolen inside
forgotten the thing I say
the things that I think dreaming
dream that I love
I am so poor
the nobleman of an old smile
that yesterday's smile
becomes clown
earning money to make fun
grace Suckers
and these common waters where it comes from
They want to make my grace
indecency shouting to the winds
By moving sheets
revoam high in things
They will tell the holes entering
I'm jealous of everything it touches
which mingles with her ...
MUSICA DE LEITURA: Led Zeppilin - Tea for one