GOTAS VERDADES part 9

GOTAS VERDADES

part 9

Baú de coisas velhas intocadas

coisas com nomes que variam

de gosto e de perfume

uns cansados no enjoo perpétuo

outros lembram dores no peito

nenhum me avisa quando

posso ter sua paz completa

sobre mim

existia um que foi mais cedo

antes servi-lo de licores-salivares

subir aos andares

de toda volúpia por encanto

por tesão sem ilusão

no entanto me deixou esperando

num frio da graça dos ares úmidos

enfumaçados da bruma noturna

ares classícos dos filmes

da epopéia mágica do glamour

meu sobretudo bege

minha pele de raposa artifical

saltos azuis-escuros cachecol

puro sol nas meia-calças de costura

rasgada oferecendo

uma proposta interessante

pra mais tarde ser interessante

fazer-se de corpo

sendo corpo retirado da pele

envenenado enrolado

n'outro que penetre em mim

havia um pote de louça portuguesa

delicadeza de outros tempos

no tempo da cria promessa

crescendo

contém este segredo perverso

que me fez sentir-se pequena

dominada avulsa

ilhada entre os outros

confusa desprevinida

saiu mesmo no desaforo letal

quiz tornar minhas salgadas

gotas nos olhos

uma palavra

sem dizer uma palavra por gesto

indigesto tolerei calada

partida ao meio

entre meus seios brotava um calor

que nenhuma raiva vinha

um calor covarde

aquele calor que invade

sem ter alguém pra sentir

contendo as volições

e as traições da inteira parte

abri o casulo de porcelana

que emana um sabor antigo

escrito pra fazer um rito

que ligo se acaso interessar

deverei ousar me vestir no senso

das mulheres da rua

irei como puta como ele quer

trarei a luta da vingança presa

minha beleza de volta

num tom acima das outras

se indiscreta pareço

ofereço meu ego verdadeiro

ao mundo do avesso

da conversa por preço

das mesas estúpidas de velhos cansados

sou vacina que cura os enredos

dos teatros de freios

do masculino desejo...

...há uma cancela aberta depois

das grades clareia um brilho

que vem da lua

ainda não é lua crescente.

DROPS TRUTHS

part 9

Chest of old things untouched

things with names ranging

taste and scent

some tired in perpetual motion sickness

others resemble chest pains

no warns me when

can I have your complete peace

about me

there was one which was earlier

before serving it-salivary liquors

up to the floors

all voluptuousness by magic

by horny without illusion

however kept me waiting

in a cold damp air of grace

smoky haze of night

classic airs movies

the magic of glamor epic

my beige overcoat

my skin artifical fox

dark blue scarf jumps

pure sunshine in sewing stockings

torn offering

an interesting proposal

to later be interesting

make up body

body being removed from the skin

poisoned wound

n'outro to penetrate me

It was a Portuguese earthenware pot

delicacy of yesteryear

in the promise creates time

growing

It contains this wicked secret

it made me feel small

dominated spare

islanded among others

confused off guard

He went even lethal effrontery

quiz make my salty

eye drops

a word

without saying a word for gesture

indigestible tolerated dead

split in half

between my breasts sprouted heat

no anger was

a coward heat

that heat invades

without having someone to feel

containing volitions

and the entire part of betrayals

opened the porcelain cocoon

emanating from an antique flavor

written to make a rite

I turn to random interest

I shall dare to dress in the sense

of street women

I will like a bitch as he wants

I will bring the fight prey revenge

my beauty back

in a tone above the other

if indiscreet look

I offer my true self

the world inside out

price conversation

the stupid tables tired old

I am vaccine that heals the storylines

brake theaters

male desire ...

... There is a gate open after

bars lightens a glow

coming from the moon

still is not growing moon.

MUSICA DE LEITURA: JOLIE HOLLAND - Old Fashion Morphine