ROTINA CANINA

Pela manhã, pela tarde,

Todo dia – é sagrado,

Passa pela rua

Pensativo e calado.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Pela manhã, pela tarde,

Sério e compenetrado

Ele faz o que está

No instinto agendado.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Pela manhã, pela tarde,

Como se fosse prepotente

Ele vai, ele vem,

E não dá bola pra gente.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Pela manhã, pela tarde,

Olhando sempre pra frente,

Por dentro remoendo

Coisas que só ele sente.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Pela manhã, pela tarde,

Segue ele a rotina

Subindo e descendo a rua

Com sol, chuva ou neblina.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Pela manhã, pela tarde,

Ele sabe e imagina

Que será observado

Por gente grã-fina.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Pela manhã, pela tarde,

Pela rua ilusória

Vai sobre as quatro patas

Como quem vai pra vitória.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Pela manhã, pela tarde,

Com cara de glória

O legendário ser

Já faz parte da história.

Dizem que se chama Bob.

Ele é um ser peludo.

Dizem que se chama Bob.

É um cachorro carrancudo.

Vadevino

Autor do livro "Versos & Poesias"

vadero@oromail.net

Vadevino Rodrigues
Enviado por Vadevino Rodrigues em 16/07/2007
Reeditado em 09/08/2007
Código do texto: T566550
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