A Cachaça Saracura
Um pote cheio até a boca
De presente, um pequeno agrado
De um misterioso amigo
Num momento de felicidade
Mas com prudência boa
Assim me recomendara
Beba dela todos os dias
Apenas um gole e já já para
Pois não é o que se pensa
Então, assim, procedi até agora
Mas meu garrafão não esvazia
Apenas desce até o meio
E a danada não vai embora
E nada de se pôr um freio
Peço, então, ajuda a quem
Sabe como dar destino
Ou me ajuda na beberagem
Como já sei que não tem fim
Pois é da cachaça mais pura
Vinda dos alambiques
E alambiqueiros do sem-fim
Que lhe deram um nome Saracura
E, o pior, quem pensa que ela é de cana
Não sabe que é feita só de simples signos
Pois não seria pego desprevenido assim
Achando que dessa febre não se cura
Sinto que cada vez mais fico
Por essas letrinhas, embriagado.
Faço a rotina do dia a dia
Seguida, me sirvo da escrivaninha
Leio o que, gentilmente, meus novos amigos
Cachaceiros inveterados
No sítio, com gosto,
Seguidamente tem ofertado.