FALTA DE INSPIRAÇÃO.
O poeta procura a inspiração.
Devaneia-se em pensamentos.
Capitula seus sentimentos,
sob a razão e a emoção.
O poeta expele seus versos.
Declama sua poesia à solidão.
Expõe sua dor à amplidão
de formas e mundos diversos.
O poeta desfaz-se da musa.
Aquela que não mais inspira.
Um verso sequer transpira,
ante sua ausência e recusa.
O poeta silencia sua poesia
no horizonte da palavra muda.
Se fecha em sua melancolia.
Sem pedir ou esperar ajuda.
O poeta se cansa de vez.
Rabisca de tinta o papel,
para rasgá-lo e picá-lo ao lixo
junto com sua falta de inspiração.
Autor: Julimar Antônio Vianna
14/07/2007