desgraça pouca é bobagem
Como desgraça
Pouca é bobagem,
Haverá trovoada
No fim da tarde;
Atrás dessas muretas
Passa a rua (modo de falar,
A rua está parada, mesmo
Dando passagem ao barulho
Da modernidade)
Onde Nalgum momento
Plantaram uma árvore,
Que, mesmo no caos
Da cidade, cresceu
E deu fruto, que não
Sei o nome, e, embaixo
Da árvore, um cimentado,
Que, nesse momento, é
Amarelado de vermelho,
Encostado no seu tronco
Um homem que, pelo visto,
Tem menos idade do que eu ,
Ao lado, um vidro de cachaça,
()
()
(vazio)
()
Quem sabe, ele é livre, quem
Sabe é louco, ou apenas bêbado
eu não sei nada dos problemas
dele,
sei apenas que desgraça
pouca
é bobagem