desgraça pouca é bobagem

Como desgraça

Pouca é bobagem,

Haverá trovoada

No fim da tarde;

Atrás dessas muretas

Passa a rua (modo de falar,

A rua está parada, mesmo

Dando passagem ao barulho

Da modernidade)

Onde Nalgum momento

Plantaram uma árvore,

Que, mesmo no caos

Da cidade, cresceu

E deu fruto, que não

Sei o nome, e, embaixo

Da árvore, um cimentado,

Que, nesse momento, é

Amarelado de vermelho,

Encostado no seu tronco

Um homem que, pelo visto,

Tem menos idade do que eu ,

Ao lado, um vidro de cachaça,

()

()

(vazio)

()

Quem sabe, ele é livre, quem

Sabe é louco, ou apenas bêbado

eu não sei nada dos problemas

dele,

sei apenas que desgraça

pouca

é bobagem

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 13/05/2016
Código do texto: T5634582
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