Epílogo
Vez ou outra ainda solto um suspiro profundo
É a próxima decepção previsível chegando
E às vezes teimo em fazer as mesmas perguntas
Mesmo sabendo que jamais encontrarei as respostas
Ainda jogo meu tempo ao vento
E deixo-o levá-lo embora numa rajada só
Está tudo bem... eu só queria poder voar
Voam as horas, mas eu permaneço no chão
Nunca aprendi a ter medo de tentar
A vida é feita de riscos e sacrifícios
E quem tenta uma hora consegue
Mas também falha umas quantas vezes
Ainda aceito me sacrificar
E mesmo assim os vejo morrer
Estamos todos mortos,
Mas o meu respirar ainda me assombra
Não precisava do coração para viver
Então arranquei-o e deixei a porta bem trancada
Está tudo bem... mesmo que batam, mesmo que eu abra
Já não há nada para ser encontrado lá dentro