indelicadeza
tem dejetos
que grudam
no assoalho,
arrancando,
renasce, mostrando
outra face, de modo
que a cada nova
ceifada, cria-se
raízes mais fundas;
e queima o solo
como na pele, a brasa.
e de tão presente
a distração se torna nula;
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os golpes
(espadachins nunca souberam ler)
vem envelopado;
claro que o mundo
mudou;
a canalhice não
sabe atirar, nem
a foice lhe cabe na mão,
sua delicadeza é constrangedora.
a melhor parte
é essa: a dúvida que nos calava
dirimiu-se:
em cobras nascem asas
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vagar em terras sem donos
me dá um punhado de alegria,
se alguém
levantar a bandeira
de posse antes que
erga meu lavatório,
não seria absurdo,
já que o estranho é o
grande morador do universo,
empreitar nova viagem
a cada susto não é saudável
para as coisas da cabeça,
plantar uma cidade
começa com madeira
e prego, o imagem de que
ali nascerá casas e ruas
é concebida regando a terra.
-----------------------a cada ponte
quebrada, um retorno,
madeira e prego
no fundo profundo
do lago escuro
desnecessário,
se soubéssemos
fazer asas com nossos tormentos;
só aprendemos a bater
pregos e amontoar palavra,
e quase nada se mostra
salvo da dilaceração
que o tempo propaga,
a devastação está ai
aos olhos da pele.
se pelo menos um barco a vela,