discreto

Os prantos

Te ajudam a esparramar

Tua história;

Relaxar é apagar

Os dias ruins,

é passar borracha

Na carne viva,

E deixar que o corpo

Te restitua o rio profundo,

É assim que aprenderá

A nadar, a flutuar, quem

Sabe até voar, porque

Um corpo leve sabe conversar com os anjos

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quem disse

que o bom não

pode ser discreto?

Como galinha

Que diante do ovo

Avisa ao mundo

O seu feito, muitos

Diante de si, avisa

Ao mundo

O banho

De seu dorso

Mas há os que

Mesmo no brilho

Da descoberta do

Vidro estilhaçado

Que brilha forte

Do finito ao eterno

Fica assim

Sentido e discreto

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Quanto tonto

Abro a janela,

Claro que o rio

Claro dos anjos

Se faz presente,

Basta sentir, é

Isso que se sente,

Mas não posso deixar

De lamentar a grosseria

De um mundo louco,

Que o discernimento

Se assentam em tão poucos,

Que a maldade se tornou

Artigo tão barato,

Depois de fechada a janela

Escrevo versos,

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 20/04/2016
Reeditado em 20/04/2016
Código do texto: T5610995
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