SOMBRAS
Dias em que o coração encolhe
O olhar sombreia,
O nó na garganta é trava
Para a palavra e o sorriso.
Dias em que o verde dos olhos
É cinza e os suspiros são de incerteza.
Dias de silêncio,
De inverno na alma,
De corpo encurvado,
De pés que se arrastam.
Dias de olhar o mar e nada ver,
De misturar lágrima e chuva,
De torcer para que passem,
Tristeza e horas.