o fundo do perdão

O reino do perdão

É profundo e não

Conversa com as palavras,

Não forma frases

Com os fragmentos dos galos,

E nem coaduna com as

Queixas das argolas,

Não intervém nas cores

Da tarde, não faz planos

Pro futuro, não ergue muros,

E não espanca os jardins,

Ao contrário das gaivotas

Prefere o silêncio que

Do seu entorno evapora

Esse reino, não pensa, já

Que pensar é querer existir

Mais, simplesmente vive

Do seu corpo e nele se satisfaz

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 19/04/2016
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