PENAS
 
Na leveza da brisa da manhã
Coloquei meu travesseiro de penas ao sol
Penas caídas à noite enquanto eu não dormia
Penas que troquei durante toda uma vida
Descoloridas pelo tempo que passou
Penas de asas de quem nunca voou.
 
Vou rasgar meu travesseiro
Jogar as velhas penas ao vento ligeiro
E me atrever às travessuras
Com as novas penas que me nasceram
Coloridas como o arco Iris
E eu ave em todo o meu resplendor
Voarei além das nuvens
Como um pássaro que fugiu da gaiola.
 
Vou voar em liberdade
Sem as penas dos horários marcados
Dos compromissos agendados
Dos perdões e dos pecados
Do que é certo ou errado.
 
Vou voar
Apenas
VoAr.

Dolores Fender
08/04/2016
 
Dolores Fender
Enviado por Dolores Fender em 08/04/2016
Reeditado em 21/12/2016
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