FLORES NA CAMA

Não vem o sono não me pega,

O amanhã se arrasta, atravessa...

A existência que se intriga ao segundo,

Que vai e que torna o futuro em passado testemunho.

Até parece que a manhã com sol não vem,

Mas a órbita do tempo é infalível não se detém,

E num piscar o sol aparece radiante,

E a perplexidade rasga a compreensão deste perpassar,

Mapeando meu percurso para o fim que vai chegar.

Para que se inquirir?

Todos que existem não precisam insurgir...

O que procede torna-se inevitável,

Eh! Todos na rede lógica cabível.

E tão forte ecoa o poeta,

parafraseado na vez do clichê:

Na queda do pardal...

só gravidade, nada mais que o natural.

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 02/04/2016
Reeditado em 31/03/2021
Código do texto: T5592773
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