Mentes cansadas
A boca está seca, mas não mais do que a mente
O silêncio é tão alto que você grita mas não se ouve
Os olhos cegos perderam-se na imaginação
As imagens lhe perseguem, e você corre
Mas suas muletas estão quebradas
Você tropeça na pilha de coisas que deixou para trás
Como estão elas à sua frente?
Os arredores mudam, mas o caminho é circular
Não é uma corrida, não sei porque estão todos apressados
Sabem que não vão chegar a nenhum lugar
É tudo tão lento e medíocre
Mas o tempo passa tão rápido
E logo está tudo acabado
Nossas decisões são um pouco irrelevantes demais
E ainda assim tão difíceis, tão dispendiosas
Tão premeditadas, mas precisam ser tomadas
E de vez em quando o acaso resolve fazer graça
Destruir todo um caminho, chamar de farsa
Prometer algo novo, fugir antes da conclusão
Abandonar-nos de novo, com nossas mentes cansadas