O gongo da transcendência
Enquanto dobra o
Cabo da Boa Esperança,
o velho torna-se o
jovem; sua é a alma
do mundo, não há
mais nada a perder.
Exemplo das inquietudes
de Loki, o deus da
mentira; a vida passa
com suas meias verdades
que nos trazem memórias
e apagam tudo de ruim.
Quanto mais distante,
mais bonito fica na
saudade de quem já
experimentou, a ferro
e fogo, todas as
mortes em vida.
O velho e o jovem
são e não são, estão
e não estão, sendo esse
o gongo da transcendência
que o Oriente tanto
preza e a gente despreza.
Poema do grupo "Distúrbios" de minha autoria que ficou em 2o. lugar no 12o. Prêmio Nacional de Poesia - Cidade Ipatinga no âmbito do 14o. Circuito de Literatura do Clube de Escritores de Ipatinga . 2015