SUBLIMAÇÃO
Despedidas de beijos distantes,
das palmas das mãos soprados,
refreando ígneos sentimentos,
de desejos e regras oscilantes.
Por que agora, opresso, calado,
consentes empedernido e tenso,
na torrente do mal que queda,
este opróbrio injusto e errante
alvejando a tua alma singela?
Discursa no povoado e no deserto,
Clama aos outeiros e mais aonde,
na altura do céu, longe ou perto,
em terras de reis ou de visconde,
seja ouvido o soar do teu clarim.
Extirpa os males desse vitupério,
ainda que teu sangue carmesim
seja a redenção desse mistério.