ÓBITO - Poesia nº 23 do meu segundo livro "Internamente exposto"

Sou eu, o fim de um caminho...,

...Que te ronda incessantemente;

E, almejarei por obrigação...,

...Encontrá-lo a qualquer instante.

Sou em quê, da silhueta vida,

Resumi-lá-ei em mais nada;

E na saudade d’um cristão...,

...Serei a história marcada!

Virei sem ter nenhum regresso...,

...Do teu fado por mim anunciado;

E em minhas salobras salivas...,

...Eu comerei o seu fel aberto.

Teu espectro tão lânguido,

Por meu gosto é desejado,

E deitarás sim, ao meu lado...,

...Neste momento tão certo!

Eu tenho as variadas formas...,

...Que desagrada o teu olhar;

E sem ter de ti nenhuma pena...,

...Ponho-te a olvidar o sofrimento.

Quero encontrar algum dia,

A quem queira me desafiar;

Não por qualquer força viva...,

...Mas na incerteza do julgamento.

Assim, o mostraria às carnes...,

...Que eternas, andam expostas.

Retrataria o que é frio e absoluto...,

...Sem as escolhas da passagem.

Verias que a sombra em alento,

Dá como certa suas respostas,

Sem eleger dogmas humanos...,

...Razões do medo, ou coragem!

Você, ó criatura! Estúpida...,

...Que inconsequente peregrina;

Dê-me o que tens de maior valor...,

...Para salvar a sua fé angustiada.

É a tua alma fraca e de cruel usura,

Que tentou enganar a própria sina.

Ela, quando estiver junto comigo...,

...Com mentiras será enterrada!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 28/02/2016
Reeditado em 28/02/2016
Código do texto: T5558507
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