AS CORES DA HUMANIDADE - Poesia nº 21 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Do negro: faço a tinta que escorre em poéticas palavras,
No lamento da liberdade racial que demora a aparecer...
Do negro, retiro o escuro manto de todas essas nossas
Vergonhas, que nunca existiriam no seu modo de viver.
Do negro: queimo o livro dos pecados das nações,
Que na forma de impérios esqueceram multidões.
Do negro: reitero a força de Zumbi dos Palmares,
Para que na negra noite de estrelas reluzentes,
Observemos os gritos de alforrias nos olhares!
Dos amarelos: almejo sempre um sol nascente,
Para ofuscar a dor do massacre de tanta gente.
Dos amarelos: quero a inteligência e sua simplicidade,
Os costumes milenares e a beleza em sua naturalidade.
Dos amarelos: em muitas cerejeiras quero ver a floração,
Espalhando sua linda cor rosa, dentro de cada coração.
Dos amarelos: peço a paciência de Confúcio Pensador,
Para que filosofias de vida resumam só o amor, não dor;
Onde no desejo do recomeço, os abençoai um salvador!
Dos brancos: peço igualdade sem selecionar humanos,
E nem em pensamentos, digam a palavra (preconceito).
Dos brancos: quero os perdões, na voz dos soberanos,
Para dar um grito de vitória que nasce dentro do peito!
Dos brancos: retiro as maldades, num grande exorcismo,
Para que em cada canto, eles exerçam a lei e o civismo!
Dos brancos: quero fazer da paz, uma linda bandeira,
Onde estará escrita uma frase única e verdadeira:
“Dentro do respeito, se constrói uma nação inteira!”
Eduardo Eugênio Batista
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