Desejo de amar.

Como dente-de-leão ao vento,

em cada rajada se esvaindo.

Já vejo encurvado o sustento,

por este vento em desavindo.

Nada mais restou do carinho.

Nem mesmo as palavras tuas

que se perderam no caminho,

enquanto eu namorava a lua.

Convivo desarmonioso a falta,

no meu silencio que ora grita,

sem retorno punge, maltrata,

como a censura fere a escrita.

Se ainda assim busco tua voz,

como o lenitivo a me aliviar,

da ação desta saudade atroz,

que esmaga o desejo de amar.

Toninho

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 14/02/2016
Código do texto: T5543024
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