Desejo de amar.
Como dente-de-leão ao vento,
em cada rajada se esvaindo.
Já vejo encurvado o sustento,
por este vento em desavindo.
Nada mais restou do carinho.
Nem mesmo as palavras tuas
que se perderam no caminho,
enquanto eu namorava a lua.
Convivo desarmonioso a falta,
no meu silencio que ora grita,
sem retorno punge, maltrata,
como a censura fere a escrita.
Se ainda assim busco tua voz,
como o lenitivo a me aliviar,
da ação desta saudade atroz,
que esmaga o desejo de amar.
Toninho