Cante, Passarinho!
Do canto mais belo,
Do riso mais puro,
Por que me olhas tão terno?
Por que me tiras do escuro?
Ontem chorei, hoje canto.
Se antes fui forte, agora fraquejo.
Por que de ti fugi tanto,
Se mesmo tão longe, só a ti vejo?
Vil ironia dos signos!
O fogo que me rodeia,
Na sina de sagitário indigno,
Me consome em tão bela voz alheia.
Então cante, passarinho!
Que me agrada te ouvir!
Não há mais caminho.
Só posso sentir.