A LITURGIA DO PENA-QUEBRADO
 
 
 
Amiga querida
amiga ave amiga
tens um ninho adorado
de galhos caídos
tramas de capim seco
dramas deixa-lo
assim tão cedo
penas asas abertas
precisam
porque desejam voar
estão crescendo
vozes cobertas da grande
fome que tive
também por nome
de vida
há um minuto qualquer
da memória
que conta uma  história
sobre duas ilhas
a primeira de qualquer
jeito
por efeito da calma
que sentia do peito
colo materno
devaneios de interno
num mundo que chamam
lar de todos
de um “Deus” às vezes covarde
pelo frágil
no sufrágio permitido
chegava temperos de alarde
olhos de bandido
querendo roubar
o amor que plantou
desejo despejado
por água abaixo
escracho ferido lá fora
o arrependido
depois das horas
não tinha nossa dor
colhia nossa dor
p’ra pedir de novo
outro amor
desta vez será diferente
vivi o frequente repouso
das coisas invalidas
crescendo
procurei outra ilha
sonhei acordado
sobre o manto do livre
anéis trocados
beijos selados
era um calor antigo
vertendo puras gotas
de orvalho n’uma manhã
nascendo
morri na manhã nascendo
como fui outro
dos tolos
que acreditou no amor nascendo
todas as coisas
do amor nascendo
criam fantasmas do eterno
era um homem fantoche
queria ter vida própria
sem pertencer ao fim
amei outra história
a mesma glória
dos casos herdados
p’ra contar depois do fim
depois do sim
começo de verão
pequena vida plumada
que canta pro sol
não deseje suas penas a mim
elas nunca mais irão
ver-me assim
sinto o orgulho dos facínoras
despertos na alma
o ego vacilo
bacilo de calma
possua-me...
...devagar destrua-me.
 
 
 
THE LITURGY PEN-BROKEN
 
Dear friend
friend ve friend
you have a beloved nest
of fallen branches
Dry grass plots
dramas let him
so soon
feathered wings spread
They need
because they want to fly
They are growing
covered the great voices
hunger that had
Also Name
Life
a minute any
from memory
scenical
on two islands
the first of any
way
the effect of calm
I felt the chest
mother's lap
daydreams internal
a world that call
home to all
a "God" sometimes coward
by fragile
allowed the suffrage
came fanfare of spices
Bandit eyes
wanting to steal
I love who planted
desire dumped
downhill
escracho hurt out there
the repentant
After hours
We had our pain
picking our pain
p'ra ask again
another love
this time will be different
lived frequent rest
things invalid
growing
I tried another island
I dreamed awake
on the mantle of free
exchanged rings
Sealed kisses
It was an old heat
pouring pure drops
numa morning dew
born
I died in the rising morning
as was another
of fools
who believed the rising love
all things
born of love
create eternal ghosts
He was a puppet man
I wanted to own life
without belonging to the order
I loved another story
the same glory
inherited cases
p'ra count after the end
after yes
early summer
little life plumed
singing pro sun
not want their feathers to me
they never will
see me so
I feel proud of criminals
awakened in the soul
the ego falter
calm bacillus
has me ...
... slowly destroy me.