Ado
o retrato espelhado
espalhando o espasmo
estilhaços de atos
entrelaçados e residuais
entre quartéis e quarteirões
empoçados da chuva da última estação
enunciados das ruas e artérias que velam
meu coração
orgasmos de organismos orgânicos
organizados e agonizantes
eu
réplica usual de toda insanidades
repreendo os sermões e os estanques
deixe-me sangrar
sangue de tão seco és agora água
de lágrimas secas de emoção
salgadas e artificiais
de dentro do oco momento
de todo sofrimento, ante vida
pós canção