Ado

o retrato espelhado

espalhando o espasmo

estilhaços de atos

entrelaçados e residuais

entre quartéis e quarteirões

empoçados da chuva da última estação

enunciados das ruas e artérias que velam

meu coração

orgasmos de organismos orgânicos

organizados e agonizantes

eu

réplica usual de toda insanidades

repreendo os sermões e os estanques

deixe-me sangrar

sangue de tão seco és agora água

de lágrimas secas de emoção

salgadas e artificiais

de dentro do oco momento

de todo sofrimento, ante vida

pós canção

Victor Leonardo
Enviado por Victor Leonardo em 23/01/2016
Reeditado em 03/11/2016
Código do texto: T5520406
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